(500) Dias com uma egoísta e um frustado

"Só porque uma garota bonita gosta das suas bizarrices não quer dizer que ela é 'aquela'"


Tom Hansen, um típico frustado que não consegue abrir mão de suas visões de amor fortemente influenciadas por filmes e músicas. Na cabeça de Tom, o amor é andar de mãos dadas enquanto ouvem The Smiths no fone de ouvido. 
   (500) dias com ela trata de dois estereótipos muito comuns, o frustado (como já citado) que só encontra a felicidade com outra pessoa, e obviamente, a egoísta que só pensa na própria felicidade. 
Tom não consegue se encontrar e acha que pode se encontrar em outra pessoa. Summer tem um senso de liberdade baseado no quão emocionalmente independente ela é, e isso, sem se importar como isso pode afetar os outros. 


Basicamente, enquanto o frustado só vê felicidade a dois, a egoísta só vê felicidade em si própria. Ambas as visões estão equivocadas, e na minha opinião, a única coisa boa do filme é como ele apresenta e expõe essas diferentes visões. Porém, por algum motivo, Summer saiu "errada" nessa história, como se fosse a vilã. Enquanto ela ganha vários "apelidos carinhosos" na internet, Tom é o "Homem a moda antiga", o "Homem raro de se ver hoje em dia", o "Homem romântico extinto". Mas oque eu percebi, é que ambos estão errados nessa história. 


Uma infinidade de homens desde a adolescência imaginam essa ideia da mulher perfeita e o relacionamento ideal. Que faz com que eles vivam com essa "expectativa", atribuindo qualidades que ela acha necessária ter em uma pessoa. E na vida real, a expectativa sempre é quebrada, e a frustração cresce mais e mais...
Apesar de Summer ser linda e ter um bom gosto musical, ela nunca será a perfeita para Tom, porque ele já a moldou em sua mente antes de conhecer ela, e o choque entre a Summer real e a Summer de Tom trará decepção. Admiração e amor são completamente diferentes.
Tom é o cara que busca por esse sentimento mais que tudo, e acha que merece ser amado. E Summer é a terrível imagem da mulher independente. Somos criados pra imaginar a mulher como uma donzela em seu quarto no topo de um castelo esperando por seu príncipe. E quando ela diz que não precisa de ninguém isso choca e faz com que os espectadores escolham um lado da "guerra", o de Tom. Assim, faz parecer que Tom faz tudo completamente certo e Summer é uma mulher sem coração que não entende o amor. Mas existem dois pontos aqui, Summer tem todo o direito de não amá-lo, mas também oque ela faz chega a ser egoísmo. Ela pensa muito em si mesmo e acaba se esquecendo que está tendo relações com humanos que tem sentimentos e não com rochas.
O fato que ela tem senso de liberdade não quer dizer que todos o tenham, criar laços, tanto de amizade quanto de amor é comum. Mas Summer simplesmente parece não se importar, convidar alguém claramente apaixonado por você para o seu noivado é falta de empatia. Mesmo que Tom seja um dependente emocional, deve-se ter o minimo de respeito pra não expor ele a um doloroso momento como esse. Querendo ou não, eles tiveram um relacionamento, e mesmo que sua mentalidade de liberdade diga que não houve nada, verdadeiro ou falso, existiu. 


Em 500 dias ela se relacionou com Tom, se apaixonou (por outro) e se casou. 
Em 500 dias Tom se apaixonou por ela, se decepcionou e continua procurando a "perfeita".


Fuck Summer 
Fuck Tom 


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